A irresponsabilidade do ex-assessor olavista e sua proposta de golpe de Estado no governo Bolsonaro
PAULO SÉRGIO • 3 de outubro de 2023
A irresponsabilidade do ex-assessor olavista e sua proposta de golpe de Estado no governo Bolsonaro

O papel do assessor estrategista do governo Bolsonaro, Felipe Martins, tem sido alvo de polêmicas e controvérsias. Recentemente, veio à tona a informação de que ele teria apresentado ao presidente um plano de golpe de Estado. Essa revelação causou indignação e levantou questionamentos sobre o nível de responsabilidade e competência dos envolvidos no governo.
O impacto dessa proposta irresponsável é alarmante. Um plano de golpe de Estado vai contra os princípios democráticos e pode ter graves consequências para a estabilidade política e para a própria democracia do país.
Não é novidade que o bolsonarismo tem sido marcado por uma série de polêmicas e declarações controversas. A presença de olavistas próximos ao ex-presidente, como é o caso de Felipe Martins, só amplifica essas controvérsias. A falta de critério e bom senso em relação a quem ocupou posições estratégicas no governo é preocupante e colocou em risco a imagem do Brasil no âmbito internacional.
Além disso, é preocupante também o fato de que o ex-presidente Bolsonaro teria entregado esse plano para as forças armadas discutirem. A participação das instituições militares em questões políticas é extremamente sensível e deve ocorrer dentro do marco legal e constitucional. Ainda que não tenha sido confirmada a veracidade do plano, o simples fato de ele ter sido levado a sério e apresentado para as forças armadas é alarmante.
Outro ponto que chama atenção é o papel do assessor estrategista do governo na disseminação de ideias controversas. De acordo com informações, Felipe Martins teria se aproximado de grupos de extrema-direita e constantemente utilizava símbolos e referências duvidosos, como o Poder Branco. Essas conexões levantam suspeitas sobre os verdadeiros interesses e intenções por trás das atitudes desse assessor.
A falta de bom senso e responsabilidade no governo Bolsonaro não se restringe apenas ao assessor estrategista. O próprio ex-presidente, em diversas ocasiões, fez declarações controversas e alinhadas com ideias autoritárias. Um exemplo disso é a defesa do artigo 142 da Constituição, que trata das Forças Armadas, mas que muitos interpretam como uma brecha para um possível golpe.
Essa tese esdrúxula, como é chamada, foi abraçada por parte da direita brasileira e acabou servindo como justificativa para os sonhos de poder e autoritarismo de algumas pessoas. Essa ideia distorcida do que é a democracia e a responsabilidade individual dentro do sistema político é extremamente perigosa e pode levar a um aparelhamento do Estado e à violação dos direitos e das liberdades individuais.
É preciso lembrar que brincar com a ideia de golpe de Estado é um grave ataque à democracia. A democracia é um sistema frágil e que precisa ser constantemente protegido. Ações e discursos que ameacem essa estabilidade são irresponsáveis e não devem ser tolerados.
O Brasil, como um dos maiores países do mundo, tem uma responsabilidade enorme em relação à manutenção e promoção da democracia. O governo Bolsonaro precisaria compreender a importância desses valores e ter agido de forma responsável e respeitosa em relação às instituições democráticas.
Felipe Martins, assim como qualquer pessoa que defenda ideias e ações que atentem contra a democracia, deve ser responsabilizado pelos seus atos. A justiça deve ser feita para que as consequências dessas ações irresponsáveis e perigosas não se perpetuem e não coloquem em risco a estabilidade política e o bem-estar do povo brasileiro.
A mão da justiça precisa ser firme e agir para coibir qualquer tentativa de golpe de Estado ou ações que ameacem a democracia. O futuro do Brasil depende do respeito aos princípios democráticos e do combate a qualquer forma de autoritarismo. A sociedade e as instituições têm um papel fundamental nessa luta.
Paulo Feres
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