Lula, presidente do Brasil, esteve recentemente no Egito em uma visita oficial e suas declarações durante seu discurso ao ditador egípcio chamaram atenção pela forma como abordou questões relacionadas a Israel e afirmou posições alinhadas a ditaduras, em vez de democracias liberais. Essa postura reforçou a visão de um "anão diplomático" para o país perante a comunidade internacional.

Durante seu discurso, Lula atacou o Estado de Israel, dizendo que o país tem primazia em não cumprir decisões da ONU. Essa afirmação levanta questões sobre qual posição ele espera que Israel tome diante das decisões internacionais. Por outro lado, é importante considerar o uso de entidades da ONU por grupos como o Hamas, que utiliza armas, cativeiros e bancos de dados para atacar Israel, o que já foi documentado em diversas ocasiões.

Além disso, Lula ressalta a necessidade de estabelecer um cessar-fogo definitivo entre Israel e seus vizinhos. No entanto, há um equívoco no discurso, uma vez que é difícil estabelecer um cessar-fogo duradouro quando uma das partes envolvidas busca a completa extinção do outro lado, conforme é o caso do Hamas. Essa postura de Lula, de se alinhar a países com posições antissemitas e distantes da democracia, desafia a diplomacia mundial e reforça a imagem de um "anão diplomático" para o Brasil.

Outro ponto polêmico nas declarações de Lula é a referência à ajuda humanitária entre o Brasil e Israel. Lula afirma que Israel garante essa ajuda humanitária, mas ao mesmo tempo acusa o país de roubar alimentos e combustíveis de hospitais. No entanto, essas acusações não chegam à Embaixada Brasileira ou ao Ministério das Relações Exteriores, o que gera questionamentos sobre a veracidade dessas informações e a postura do ex-presidente ao propagá-las.

Além disso, o Brasil também se manifestou em apoio a processos instaurados na Corte Internacional de Justiça da África do Sul, o que reforça a visão de alinhamento a ditaduras e posições antissemitas. Essas ações contribuem para consolidar a imagem de um "anão diplomático" para o Brasil, com consequências negativas na geopolítica mundial.

É importante ressaltar que a busca por uma solução pacífica no conflito entre Israel e Palestina é válida e necessária. No entanto, é preciso considerar a complexidade da situação e as posições de cada lado. A afirmação de Lula de que não haverá paz sem um Estado palestino convivendo ao lado de Israel ignora o fato de que grupos terroristas como o Hamas, que busca a extinção de Israel, representam uma ameaça à paz na região.

O Brasil, como um país com influência geopolítica e histórico de atuação em temas internacionais, deve buscar uma postura diplomática equilibrada e respeitosa. Isso implica em tomar posições baseadas em fatos e em respeitar as democracias liberais. A diplomacia brasileira tem o desafio de reconstruir sua imagem perante a comunidade internacional e de atuar de forma coerente e responsável em assuntos de relevância global.

Portanto, as declarações de Lula no Egito reforçam a visão de um "anão diplomático" para o Brasil, colocando em xeque a credibilidade e a postura do país perante a comunidade internacional. A busca por uma diplomacia mais sólida, baseada em fatos e em valores democráticos, é essencial para que o Brasil cresça em sua atuação geopolítica e conquiste um papel relevante no cenário mundial.

Paulo Feres

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