Os casos de corrupção na Lava Jato têm sido recorrentes no Brasil, e recentemente o STJ reduziu pela metade a pena do Zé Diceu, que foi condenado por diversos crimes.

Infelizmente, esse é um movimento comum no país, especialmente depois que os processos do ex-presidente Lula foram encaminhados para a primeira instância.

A questão que deve ser discutida aqui é a impunidade dos criminosos de colarinho branco no Brasil.

Mesmo que haja delações premiadas e devolução de dinheiro à justiça, é notório que essas pessoas são praticamente inatingíveis e que, muitas vezes, as leis acabam sendo usadas em seu favor.

As delações premiadas, por exemplo, têm sido questionadas por muitas pessoas, principalmente em relação aos benefícios concedidos e à eficácia das informações fornecidas. Além disso, o montante de dinheiro devolvido à justiça na Lava Jato não se compara aos bilhões que foram desviados.

O Congresso Nacional deve produzir mais e trabalhar em prol de uma reforma séria nos códigos de processos do país. Isso porque, apesar do direito de defesa ser primordial no Estado de Direito, anular provas e liberar criminosos por filigranas jurídicas é um exagero.

É fundamental que o Brasil recupere o patamar razoável de decência para que os criminosos de colarinho branco, que matam ao subtrair dinheiro público, sejam responsabilizados efetivamente.

Quando o dinheiro público é roubado, a saúde e a assistência social são prejudicadas, e isso mata muita gente.

Cabe a nós, cidadãos brasileiros, cobrar dos nossos parlamentares uma reforma séria nos códigos de leis do país.

Eles ganham muito bem e precisamos de um retorno efetivo nas leis. É importante que o Congresso trabalhe no sentido de coibir a impunidade desses criminosos para que a justiça seja feita e o dinheiro público volte a ser investido onde é realmente necessário.

Paulo Feres